Viagora

Polícia civil realiza operação "Book Eletrônico" e desarticula rede de prostituição na internet

O Acusado Renato Rosberg Figueiredo de Morais, foi preso na manhã de hoje (01), por uso indevido de imagem, rufianismo e favorecimento à prostituição.

A delegada Daniela Barros, do Serviço de Operações Especiais (Soe), informou em coletiva realizada nesta terça-feira (01) que os programas agenciados por Renato Rosberg Figueiredo de Morais, preso nessa manhã por uso indevido de imagem, rufianismo e favorimento à prostituição, eram pagos por políticos com cartões corporativos. Os gastos feitos com esses cartões chegavam a R$ 3 mil em um único programa. Empresários piauienses também eram alguns dos clientes.

Segundo a delegada Cristiane Vasconcelos, os programas eram feitos em motéis e festas de despedida de solteiro que aconteciam em sítios na zona Rural de Teresina. Ao todo, pelo menos 20 garotas estavam sendo agenciadas e a polícia informou que até o momento não foi confirmada a participação de menores de idade. "Renato agia como uma espécie de mediador entre os clientes e as meninas. Ele ficava com 60% a 70% do valor pago por cada programa", disse a delegada.
Imagem: ReproduçãoDelegadas da polícia civil.(Imagem:Reprodução)Delegadas da polícia civil.

O grupo comandado por Renato, composto por ele e pelas garotas de programa, já agia em Teresina há quatro anos e meio, mas apenas em dezembro do ano passado foi que a polícia recebeu uma denúncia de uma jovem dizendo que teve sua imagem divulgada como garota de programa em sites de prostituição.

A partir da apuração da denúncia, a polícia iniciou os trabalhos de investigação e hoje (01) deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra Renato. Além de sua prisão, que aconteceu no bairro Mocambinho, zona norte de Teresina, a polícia ainda apreendeu computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos.

A polícia deu detalhes de como o acusado agia: ele postava fotos de jovens bonitas nas redes sociais e as utilizava para atrair clientes para os programas que agenciava. Quando o cliente se interessava pela pessoa da foto, o acusado dizia que ela não estava disponível, mas que havia outra parecida para o programa.

Segundo a polícia, haverá uma investigação paralela para apurar o uso de verbas públicas no pagamento dos programas. A polícia não citou nomes de clientes porque disse que o caso ainda não foi encerrado e outros delitos podem ser constatados no decorrer das investigações. Durante as investigações, a polícia registrou em vídeo a forma como o agenciamento acontecia, veja abaixo:
Operação Book Eletrônico da Polícia Civil do Piauí

Mais conteúdo sobre:

Willame Moraes

Facebook
Veja também