Deputado Robert Rios denuncia distribuição de calçamento como moeda política
O deputado disse quer passou grande parte do mandato falando que o país estava devastado pela corrupção, "do mais cínico ao menos cínico, a corrupção é a mesma".
O deputado estadual Robert Rios (PDT) foi o primeiro orador na tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão plenária desta quinta-feira (23), quando alertou os pequenos empreiteiros para o risco que eles correm se aceitarem participar do esquema que criou no Piauí uma nova moeda de troca: o calçamento, que seria um artifício para se fazer caixa para as campanhas eleitorais deste ano.
O deputado disse quer passou grande parte do mandato falando que o país estava devastado pela corrupção, “do mais cínico ao menos cínico, a corrupção é a mesma”. “O paladino de hoje amanhã também está enfronhado em corrupção. Hoje a Polícia Federal prendeu mais um ex-ministro do governo do PT. E não é um político qualquer, é o marido de uma senadora, amigo de Lula e da Dilma, um dos mais poderosos do governo petista. Arrastado para depor na Polícia Federal. E onde é que isso vai parar?”, indagou.
O deputado se disse preocupado porque antes as pessoas acreditavam que a impunidade era a causa da corrupção. “Hoje, as pessoas começam a ser punidas. A punição em larga escala não tem freado em nada as novas práticas de corrupção. O corrupto continua roubando porque acredita que não vai ser pego nunca. É como sexo, feito na escuridão da alcova. Ninguém pratica corrupção abertamente, mas entre quatro paredes”.
Rios insistiu com os pequenos empreiteiros: tomem cuidado. “Porque uma pedra dessa pode cair no seu pé e machucar seu dedão. A notícia que se tem é que surge uma nova moeda no Piauí: o calçamento. Lembram da história do roço? Agora é calçamento. Tem gente com os bolsos cheios de papeletas de calçamento, que são distribuídos em praça pública. São calçamento com deságio de 30%, que é parar movimentar as campanhas no interior. E eu aviso aos empreiteiros: cuidado! Esse Estado está emporcalhado, precisamos uma Lava Jato aqui no Piauí”.
Robert Rios ressaltou que não tem um jornalista que não saiba que o governo é da mentira. “Não denunciam porque não são donos dos veículos onde trabalham. Ouvimos o discurso de que o governo recebeu o Estado quebrado. Vem a crise nos outros estados. E aí se descobre que o Piauí e o Tocantins tem zero dívida. Como é que o Estado estava acabado e não deve. Mais de 300 milhões por ano são jogados no ralo, pela simulação do serviço prestado, dos terceirizados, pelos fantasmas que existem nesse governo, que é assustador de tanto fantasmas que existe. Um governo que está sendo amaldiçoado pelos servidores públicos e que vai ser amaldiçoado pelos piauienses”.
O orador insistiu que a moeda da campanha que começa agora para a eleição é calçamento, “uma moeda estranha, uma coisa feia, com deputado pegando cinco mil metros de calçamento. Já pensou, ser apanhado por pedra de calçamento. Não pensem que eu vou ter piedade. Vou usar a minha imunidade para denunciar essas patifarias que acontecerem por aí. A quantidade de terceirizado é absurda, nojenta, asqueroso, enquanto o estado não tem dinheiro para remunerar dignamente o servidor efetivo, os concursados. Criar o portal dos fantasmas. Constrangê-los a deixar esse maldito DAS, a Dona Maria, a mulher do prefeito, o cabo eleitoral do deputado”.
Para Rios, o “coluio amaldiçoado” entre o político e o eleitor é que causa essa corrupção. “É por isso que tem os 5 mil metros de calçamento. A contribuição do eleitor para a corrupção é decisiva. Se a política está cheia de patifaria, os eleitores contribuem para essa patifaria. Não acredito no país de primeiro mundo um político distribuindo dentadura”.
Em aparte, o deputado Evaldo Gomes (PTC) disse que o orador tem levado temas importantes para a tribuna, como a corrupção que se alastrou pelo país, que logo deve alcançar políticos do Piauí, “como é o caso do esquema do lixo, que é grave... Não se pode apenas denunciar, é preciso que se prove o que está sendo denunciado contra todos os partidos e não apenas um dos lados”.
Segundo o deputado, o PT aprendeu como PMDB a mais nefasta prática de se fazer política: a roubalheira. “O PT não tem o monopólio da corrupção. Foi arrastado pelas forças antigas do país. Quando lembro que o país tem um patife em cada canto, não dá vontade de sair debaixo do edredom. Ladrões conhecidos, famosos. Essa simbiose entre Executivo e Legislativo é que provoca essa corrupção”.
O deputado Dr. Pessoa (PSD) elogiou o discurso e propôs eleições diretas de vereador a presidente da República. “A situação do Brasil é difícil e só eleição direta pode salvar esse país”.
Rober Rios lembrou que a presidente Dilma foi afastada sob suspeita de cometer crime e que assim também estão o segundo colocado, Aécio Neves, a terceira, Marina Silva e até o candidato Eduardo Campos, morto durante a campanha de 2014.
“Podemos concluir que a política era praticada da mesma forma. A pergunta é: se aparecesse uma Francisca Trindade, fazendo campanha com feijoada, com panelada, ela seria eleita? O eleitor tem que entender que não é o leitor que rouba, mas é a mão dele que recebe o que o político rouba. Ele é vítima, mas também é culpado quando pede e aceita dinheiro dos políticos, que só pode ser concedido com desvio de verbas públicas. Ninguém pede melhoria da saúde pública, mas para fazer a cirurgia da filha. Se fizermos uma eleição hoje, vamos ter um Congresso idêntico porque a prática política é a mesma”, lamentou
O líder do Governo, João de Deus (PT), lembrou que o STF tenha proibido o financiamento privado das campanhas e ninguém está preocupado com isso. “Ou mudamos o modelo político brasileiro ou ele vai piorar ainda mais. A maioria dos eleitores é cúmplice. E quem é que vai fazer essas mudanças? Citou o deputado Feliciano, que obrigava os fiéis a doar mil reais, senão não seriam observados por Deus. Além da corrupção dos homens, existe a corrupção da fé. Não quero dizer com isso que todos os políticos que se elegeram chegaram ali por meio desse expediente. Por isso a urgência de uma reforma política, que não será feita por aquele Congresso que ali está”.
O presidente da sessão, deputado Marden Menezes (PSDB), comentou que a corrupção é um problema endêmico, que contaminou todo o sistema político e a administração pública. “A banalização da corrupção só interessa a quem está enrolado até o pescoço com essa patifaria. As investigações tem que ir até o fim, doa a quem doer, envolva o partido que envolver”.
O deputado disse quer passou grande parte do mandato falando que o país estava devastado pela corrupção, “do mais cínico ao menos cínico, a corrupção é a mesma”. “O paladino de hoje amanhã também está enfronhado em corrupção. Hoje a Polícia Federal prendeu mais um ex-ministro do governo do PT. E não é um político qualquer, é o marido de uma senadora, amigo de Lula e da Dilma, um dos mais poderosos do governo petista. Arrastado para depor na Polícia Federal. E onde é que isso vai parar?”, indagou.
O deputado se disse preocupado porque antes as pessoas acreditavam que a impunidade era a causa da corrupção. “Hoje, as pessoas começam a ser punidas. A punição em larga escala não tem freado em nada as novas práticas de corrupção. O corrupto continua roubando porque acredita que não vai ser pego nunca. É como sexo, feito na escuridão da alcova. Ninguém pratica corrupção abertamente, mas entre quatro paredes”.
Rios insistiu com os pequenos empreiteiros: tomem cuidado. “Porque uma pedra dessa pode cair no seu pé e machucar seu dedão. A notícia que se tem é que surge uma nova moeda no Piauí: o calçamento. Lembram da história do roço? Agora é calçamento. Tem gente com os bolsos cheios de papeletas de calçamento, que são distribuídos em praça pública. São calçamento com deságio de 30%, que é parar movimentar as campanhas no interior. E eu aviso aos empreiteiros: cuidado! Esse Estado está emporcalhado, precisamos uma Lava Jato aqui no Piauí”.
Robert Rios ressaltou que não tem um jornalista que não saiba que o governo é da mentira. “Não denunciam porque não são donos dos veículos onde trabalham. Ouvimos o discurso de que o governo recebeu o Estado quebrado. Vem a crise nos outros estados. E aí se descobre que o Piauí e o Tocantins tem zero dívida. Como é que o Estado estava acabado e não deve. Mais de 300 milhões por ano são jogados no ralo, pela simulação do serviço prestado, dos terceirizados, pelos fantasmas que existem nesse governo, que é assustador de tanto fantasmas que existe. Um governo que está sendo amaldiçoado pelos servidores públicos e que vai ser amaldiçoado pelos piauienses”.
O orador insistiu que a moeda da campanha que começa agora para a eleição é calçamento, “uma moeda estranha, uma coisa feia, com deputado pegando cinco mil metros de calçamento. Já pensou, ser apanhado por pedra de calçamento. Não pensem que eu vou ter piedade. Vou usar a minha imunidade para denunciar essas patifarias que acontecerem por aí. A quantidade de terceirizado é absurda, nojenta, asqueroso, enquanto o estado não tem dinheiro para remunerar dignamente o servidor efetivo, os concursados. Criar o portal dos fantasmas. Constrangê-los a deixar esse maldito DAS, a Dona Maria, a mulher do prefeito, o cabo eleitoral do deputado”.
Para Rios, o “coluio amaldiçoado” entre o político e o eleitor é que causa essa corrupção. “É por isso que tem os 5 mil metros de calçamento. A contribuição do eleitor para a corrupção é decisiva. Se a política está cheia de patifaria, os eleitores contribuem para essa patifaria. Não acredito no país de primeiro mundo um político distribuindo dentadura”.
Em aparte, o deputado Evaldo Gomes (PTC) disse que o orador tem levado temas importantes para a tribuna, como a corrupção que se alastrou pelo país, que logo deve alcançar políticos do Piauí, “como é o caso do esquema do lixo, que é grave... Não se pode apenas denunciar, é preciso que se prove o que está sendo denunciado contra todos os partidos e não apenas um dos lados”.
Segundo o deputado, o PT aprendeu como PMDB a mais nefasta prática de se fazer política: a roubalheira. “O PT não tem o monopólio da corrupção. Foi arrastado pelas forças antigas do país. Quando lembro que o país tem um patife em cada canto, não dá vontade de sair debaixo do edredom. Ladrões conhecidos, famosos. Essa simbiose entre Executivo e Legislativo é que provoca essa corrupção”.
O deputado Dr. Pessoa (PSD) elogiou o discurso e propôs eleições diretas de vereador a presidente da República. “A situação do Brasil é difícil e só eleição direta pode salvar esse país”.
Rober Rios lembrou que a presidente Dilma foi afastada sob suspeita de cometer crime e que assim também estão o segundo colocado, Aécio Neves, a terceira, Marina Silva e até o candidato Eduardo Campos, morto durante a campanha de 2014.
“Podemos concluir que a política era praticada da mesma forma. A pergunta é: se aparecesse uma Francisca Trindade, fazendo campanha com feijoada, com panelada, ela seria eleita? O eleitor tem que entender que não é o leitor que rouba, mas é a mão dele que recebe o que o político rouba. Ele é vítima, mas também é culpado quando pede e aceita dinheiro dos políticos, que só pode ser concedido com desvio de verbas públicas. Ninguém pede melhoria da saúde pública, mas para fazer a cirurgia da filha. Se fizermos uma eleição hoje, vamos ter um Congresso idêntico porque a prática política é a mesma”, lamentou
O líder do Governo, João de Deus (PT), lembrou que o STF tenha proibido o financiamento privado das campanhas e ninguém está preocupado com isso. “Ou mudamos o modelo político brasileiro ou ele vai piorar ainda mais. A maioria dos eleitores é cúmplice. E quem é que vai fazer essas mudanças? Citou o deputado Feliciano, que obrigava os fiéis a doar mil reais, senão não seriam observados por Deus. Além da corrupção dos homens, existe a corrupção da fé. Não quero dizer com isso que todos os políticos que se elegeram chegaram ali por meio desse expediente. Por isso a urgência de uma reforma política, que não será feita por aquele Congresso que ali está”.
O presidente da sessão, deputado Marden Menezes (PSDB), comentou que a corrupção é um problema endêmico, que contaminou todo o sistema político e a administração pública. “A banalização da corrupção só interessa a quem está enrolado até o pescoço com essa patifaria. As investigações tem que ir até o fim, doa a quem doer, envolva o partido que envolver”.
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