Promotor investiga contratos do prefeito de Alto Longá com a empresa H M Castro
O inquérito civil foi instaurado pelo promotor Maurício Gomes de Souza.O Ministério Público do Piauí (MPPI) instaurou inquérito civil em face da Prefeitura de Alto Longá, administrada por Henrique César, para apurar supostas irregularidades em procedimentos licitatórios. A portaria foi assinada pelo promotor de Justiça Maurício Gomes de Souza e publicada em 19 de setembro deste ano no Diário Oficial do órgão.
Conforme o órgão ministerial, foi considerado o acórdão nº 270/2023 lavrado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que reconheceu as irregularidades no pregão presencial nº 28/2019 e nº 29/2019, firmado pela prefeitura com a empresa H M Castro nos anos de 2019 e 2020.
“O TCE constatou a materialidade do ilícito administrativo via ausência de comprovação da capacidade técnica da empresa H M Castro, na incongruência entre o capital social da empresa e o valor dos compromissos assumidos com a contratação, e no cadastramento extemporâneo dos editais dos certames junto ao Sistema Licitações Web, além da empresa H M Castro não possuir registro em seus ramos de atuação de atividades compatíveis com o comércio varejista de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo”, pontuou o promotor.
No procedimento consta que foi estabelecido um prazo de 60 dias para a conclusão das investigações do inquérito civil.
Acórdão do TCE
A Segunda Câmara do Tribunal de Contas (TCE-PI), por unanimidade dos votos e em consonância com o Ministério Público de Contas (MPC-pi), decidiu multar o prefeito de Alto Longá, Henrique César, em 11.000 UFR-PI, que equivale a R$ 47.520 mil diante das referidas irregularidades mencionadas. A sessão foi realizada de 8 a 12 de maio de 2023 e teve como relator o conselheiro-Substituto Alisson Felipe de Araújo.
Além disso, a Corte determinou a instauração de um processo de Tomada Contas Especial, visando averiguar a responsabilidade pelo dano provocado, pois não foi comprovado o fornecimento de todo o objeto contratado e pago pela Prefeitura Municipal de Alto Longá, com a necessária quantificação do dano, identificação dos responsáveis, para que seja possível obter o ressarcimento ao erário.
Os conselheiros também decidiram recomendar o gestor municipal e a comissão de licitação, para que realize licitações na modalidade pregão eletrônico, em detrimento do presencial.
Outro lado
O Viagora procurou o prefeito de Alto Longá para falar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria o gestor não foi localizado. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.