Policiais civis denunciam precariedade no IML de Teresina
A principal deficiência é de veículos para transportar os corpos.
Os diretores do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí, Marlon Mauriz, Francisco Leal e Segisnando Neto, realizaram visita ao Instituto de Medicina Legal, esta semana, para averiguar a situação do órgão em relação a estrutura e veículos. A principal deficiência é de veículos para transportar os corpos.
Antônio Nunes, Diretor do Departamento de Polícia Técnico Científica, informou que ao assumir a direção, ainda no ano de 2014, constatou que tanto o Instituto como os laboratórios precisavam de intervenção do governo. Havia dois veículos e um caminhão e era necessário aumentar a frota. O diretor protocolou um pedido de licitação para o então secretário de segurança Robert Rios, solicitando o planejamento de mais 10 viaturas para o IML, para serem dividas pelas regiões do Piauí, pois apenas o caminhão era destinado ao interior.
“Houve uma loja vencedora dessa licitação e, por mais de um ano, ficamos pedindo continuamente ao secretário que realizasse a compra das 10 viaturas, pois já estavam garantidas. Porém, apenas quando faltavam 15 dias para o vencimento do processo licitatório o governo se mostrou interessado em comprar, mas a loja vencedora não mostrou mais interesse em vender por preços reduzidos, o que acarretou a perda da licitação”, explicou o diretor.
Já em 2015, foi feito novo pedido de carros, mas, até a data atual, não foi comprado nenhum veículo. Falou-se, também, que, ano passado, iriam comprar outros cinco carros, mas, até agora, o Instituto recebeu apenas um, que é o veículo que precisa atender às diligências da capital e do interior.
“Se viessem pelo menos três veículos em caráter de urgência já iria desafogar o sistema. Estou indo frequentemente à secretaria de segurança para obter respostas sobre a licitação dos veículos. Queremos verbas para investir no laboratório patológico e temos a afirmação do secretário Fábio Abreu que irá comprar o laboratório. Além disso, precisamos de veículos e também de motoristas, pois de nada adianta existirem carros se não tiver pessoal capacitado para conduzir até as ocorrências. Temos que pensar na estrutura total do Instituto para resolver os problemas”, apontou o Diretor Nunes.
Precariedade
No dia 14 de janeiro deste ano, um autônomo foi assassinado no Parque Brasil, zona norte de Teresina. O homicídio ocorreu por volta do meio dia e o corpo ficou exposto no local por mais de quatro horas, por falta de viatura do IML que deveria fazer a remoção.
Os policiais civis da Delegacia de Homicídios de Teresina recolheram o corpo do local e o transportaram na carroceria do veículo.
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