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Campanha 16 Dias de Ativismo alerta sobre violência contra mulher no Piauí

A campanha ‘’16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as mulheres’’ é um evento internacional e anual que começa no dia 25 de novembro, e segue até o dia 10 de dezembro.

  • Luis Marcos/ Viagora Evento 16 dias de ativismo1 / 7 Evento 16 dias de ativismo
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A campanha ‘’16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as mulheres’’ é um evento internacional e anual que começa no dia 25 de novembro, e segue até o dia 10 de dezembro. Na manhã desta quinta-feira (02), coordenadoras de políticas para as mulheres estiveram reunidas na estação do metrô, zona centro/norte de Teresina, com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema.

Ao Viagora, a coordenadora de Estado de Política para as mulheres no Piauí, Zanaide Lustosa, disse que a campanha acontece por meio de uma rede integrada entre instituições como o Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Justiça.

‘’Estamos realizando blitz educativas. Hoje estamos no metrô, e na próxima semana estaremos no Parque de Exposição divulgando os números que as mulheres podem procurar ajuda para saírem do ciclo de violência, além de terem o acolhimento da rede. Nós funcionamos em rede, sendo que participam outras instituições como o Ministério Público, Defensoria, Tribunal de Justiça. Também estaremos lançando na segunda-feira, dia 6, no dia do Laço Branco estaremos lançando a ferramenta " vamos" que vai possibilitar a formação de homens e mulheres que possam trabalhar em suas comunidades o enfrentamento à violência", explica.

Conforme a coordenadora, os números de denúncia realizadas por mulheres no Estado tiveram um aumento de 30%, segundo dados divulgados até o mês de setembro deste ano de 2021.

"Os dados divulgados até setembro de 2021 mostram um aumento nos boletins de ocorrência nas delegacias especializadas, cerca de 30%. Os números no aplicativo Salve Maria também aumentaram. Isso quer dizer que as mulheres estão denunciando mais. Talvez tenha sido por conta das campanhas que desenvolvemos nas redes sociais dos meios de comunicação", diz.

Zanaide Lustosa ainda destaca que, além do crescente número de violência contra as mulheres, as formas de agressões praticadas por homens também foram intensificadas.

" O tipo de violência contra as mulheres hoje, ele se intensificou. Além do aumento das denúncias, a forma como as mulheres sofrem a violência se diferencia, se usa mais facas, ou qualquer material cortante. Os homens se tornaram mais agressivos na questão da violência. Então, além de sofreram as agressões, a forma como é feita também e tornou mais intensa".

Segundo a coordenadora de enfretamento à violência contra a mulher da Coordenadora de Estado de política para mulheres, Mariana Carvalho, no Piauí, as cidades com maiores índices de violência são Teresina, com destaque para a zona sudeste, entre os territórios das mangueiras e região sul do litoral.

‘’Em um Estado onde, só no ano passado, tiveram 31 feminicídio, e neste ano já foram 29 é muito preocupante. A maioria das mulheres são negras e pobres. Em grande parte da região Sudeste de Teresina. No Piauí, entre os territórios das Mangueiras, região sul e no litoral. A maioria é por arma branca. Não existe uma idade específica", conta.

Por meio da assessoria, a Diretora Presidente da Campanha Metropolitana de Transporte Público (CMTP), Josiene Campelo, informa que toda a sociedade deve se mobilizar nessa causa.

“O metrô também tem sua função social e minha gestão, isso é uma das minhas prioridades, levar informação aos nossos passageiros. Acredito que toda a sociedade deve se mobilizar nessa causa, homens e mulheres. Eu enquanto mulher e gestora estou engajada na luta por uma sociedade mais justa e igualitária”, finalizou.

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