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Comerciantes da Nova Ceasa de Teresina se preparam para alta nas vendas de final de ano

Os vendedores relatam dificuldades com preços e mantêm otimismo para as festas.

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Os vendedores e consumidores da Central de Abastecimento (Ceasa) de Teresina relataram em entrevista ao Viagora as expectativas e os desafios com a chegada das festas de fim de ano. Em um cenário de inflação alta e reajustes nos preços dos hortifrutis, o clima entre os comerciantes é misto, com otimismo moderado e cautela para o último trimestre de 2024.

A Ceasa, conhecida pela variedade e abundância de frutas, legumes e verduras, é ponto de referência para consumidores e pequenos comerciantes de toda a região. Em 2023, porém, os dados de inflação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicaram um aumento acumulado de 5,7% no setor de alimentos, pressionado principalmente por itens como a batata, o tomate e a cebola, que tiveram reajustes superiores a 10% nos últimos meses.

Entre as bancas de frutas e hortaliças, há uma expectativa de alta na procura por produtos, mas também a preocupação em equilibrar preços para não afastar os clientes. Roberto Lima, que trabalha há mais de 15 anos vendendo frutas na Ceasa, está otimista para o fim de ano.

“Sempre aumenta a procura por frutas nessa época. As famílias compram mais por causa das festas, então estamos preparando mais estoque e tentando segurar o preço. Mas com a inflação, fica difícil não repassar parte do custo”, afirmou.

Já Maria das Dores, que trabalha com a venda de verduras e legumes, comentou sobre a dificuldade em negociar com os fornecedores. “A gente até tenta negociar para garantir preço bom, mas tudo está subindo. O tomate, por exemplo, aumentou muito. Tenho medo de perder cliente, mas também não posso ficar no prejuízo”, declarou.

Para a vendedora, a melhor saída é apostar na qualidade e diversificação dos produtos. “Quem vem aqui quer preço, mas também quer coisa boa. Se mantivermos o produto fresco e com preço justo, acredito que vamos conseguir vender bem, mesmo com as dificuldades.”

Do outro lado, os consumidores têm sentido o peso da alta dos preços e buscam alternativas para garantir economia sem abrir mão da qualidade. Dona Helena Silva, uma aposentada que visita a Ceasa toda semana, conta que a diferença de preços nos últimos meses tem sido sentida no orçamento.

“Eu adoro frutas e sempre compro bastante, mas hoje em dia já não dá para levar tudo o que eu gostaria. A laranja, por exemplo, que era mais barata, agora subiu bastante”, comentou.

Para contornar essa realidade, alguns consumidores, como o estudante Diego Almeida, estão buscando fazer compras em conjunto com familiares. “A gente se organiza em casa, faz uma lista e compra em quantidade para dividir. Assim, conseguimos um desconto melhor. Está difícil, mas a gente dá um jeito", relatou.

Outros preferem escolher produtos da estação, que tendem a ter menor custo por conta da maior oferta, como explicou a comerciante Camila Nogueira. “O abacaxi está com preço mais em conta agora, então eu troco as frutas, sempre dou uma olhada no que está mais barato e mudo um pouco o cardápio de casa,” disse.

A expectativa dos vendedores para o fim de ano é que a procura por frutas e verduras cresça consideravelmente, especialmente nas semanas que antecedem o Natal e o Ano Novo. Para muitos comerciantes, esta é a principal oportunidade de fechar o ano com saldo positivo, apesar dos custos elevados.

Os vendedores, como  Roberto Lima, planejam aproveitar o período para aumentar o estoque de frutas que tradicionalmente ganham mais espaço nas celebrações, como uvas, maçãs e melancias, que devem ser destaques nas vendas. Para isso, alguns apostam em parcerias com produtores locais, buscando reduzir o custo de transporte e garantir uma margem mais vantajosa. “Fechar parcerias é a única saída para oferecer preços melhores, além de aumentar a competitividade,” destaca.

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