Corpo de Bombeiros combate incêndio em Buriti dos Montes

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Bopaer) e 17 brigadistas permanecem em intensa operação para conter um incêndio florestal de grandes proporções no município de Buriti dos Montes, região Norte do estado. Desde a quarta-feira (23), as forças de segurança e combate a incêndios têm enfrentado dezenas de focos de fogo que se alastram pela mata seca da área, representando riscos às propriedades e comunidades rurais próximas.

A equipe no local enfrenta dificuldades adicionais em função das fortes rajadas de vento, que dificultam o controle das chamas. O comandante de operações dos Bombeiros, coronel Egídio Leite, explicou que o planejamento coordenado entre o Corpo de Bombeiros, o Bopaer e os brigadistas tem sido essencial para impedir a propagação do fogo. Com isso, foi possível evitar que as chamas ameaçassem as comunidades locais. "Os fortes ventos têm sido nosso grande inimigo, porém as equipes da aeronave, dos bombeiros e os brigadistas não têm medido esforços para avançarem sobre as dezenas de focos no local, de forma conjunta e planejada, seguindo todas as normas de segurança e de combate a incêndios dessa natureza", afirmou o coronel.

A previsão das equipes é de que, caso as condições climáticas não se agravem, todos os focos sejam controlados até o início da tarde deste sábado (26). Contudo, o comandante ressaltou que, se necessário, mais reforços serão enviados para o município.

Para combater o fogo em áreas de difícil acesso, os militares do Bopaer têm utilizado técnicas avançadas, como o uso de bolsas de água acopladas ao helicóptero da Polícia Militar, abafadores e bombas costais. Esse suporte aéreo tem sido fundamental, já que as equipes em solo enfrentam dificuldades para alcançar determinados pontos da área de mata fechada. De acordo com o coronel Egídio Leite, a estratégia aérea possibilita monitoramento e ataque rápido sobre os focos mais críticos, uma vez que o fogo se propaga com rapidez em áreas de vegetação seca e densa.

“O tempo seco e o vento forte realmente prejudicam o combate, mas temos conseguido avanços dentro do planejado. Por ser área de mata fechada e de difícil acesso, as equipes dos bombeiros vêm tendo dificuldades para chegar por terra aos focos de incêndio, o que só é possível com o apoio da aeronave”, explicou o coronel. O trabalho dos militares é acompanhado por boletins atualizados a cada duas horas para avaliar o progresso da operação e determinar a continuidade das ações.