PF deflagra operação contra fraude em vestibulares de medicina e cumpre mandados no Piauí

De acordo com a Polícia Federal, o grupo resolvia a prova para os candidatos pelo valor de R$ 2 mil.

Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Federal cumpriu mandados no Piauí no âmbito da 4ª fase da Operação Passe Livre, que investiga um grupo suspeito de fraudar vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares.

De acordo com a polícia, foram identificados pelo menos 30 envolvidos, que faziam as provas no lugar de outra pessoa ou forneciam as respostas para inserção nos sistemas. O grupo resolvia a prova para os candidatos pelo valor de R$ 2 mil. 

Foto: Divulgação/ PF
Polícia Federal cumpre mandados contra fraudes em vestibulares de medicina no Piauí

Nas demais fases da operação, foram descobertas outras fraudes, como no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023. As investigações apontaram 63 investigados e provas fraudadas em quatro estados, onde também são cumpridos os mandados, sendo São Paulo, Tocantins, Piauí e Pará.

A operação foi intitulada “Passe Livre” devido à facilidade para a prática da fraude e as investigações iniciaram a partir de autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao todo, a polícia cumpre 27 mandados de busca nos quatro estados mencionados acima.

Dinâmica

Segundo as autoridades policiais, o sistema de segurança das provas de vestibulares online de várias faculdades de medicina era burlado para que outras pessoas pudessem acessar as questões das provas. Outra forma de fraudar os vestibulares era realizar as provas para os beneficiários do crime.

A polícia explicou que, em um dos episódios, o grupo teria fraudado provas para nove candidatos ao mesmo tempo, a partir de pessoas envolvidas que resolviam as questões.

Os indícios de crime foram identificados por meio de comprovantes de transferências bancárias, pagamentos relativos à compra da resolução das questões das provas. O faturamento das fraudes era dividido entre os suspeitos que resolviam ilicitamente as questões das provas.

Se a hipótese criminal for confirmada, os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser constatados ao longo da investigação.

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