Polícia Civil prende vice-presidente da Câmara Municipal de Nazária
A prisão foi realizada pelo 6º Distrito Policial nesta terça-feira (02) durante a Operação Vaga Fantasma.Na manhã desta terça-feira (02), a Polícia Civil do Piauí, através do 6º Distrito, prendeu o vice-presidente da Câmara Municipal de Nazária, o vereador Cícero da Silva Rocha. A informação foi confirmada ao Viagora pelo delegado Odilo Sena, comandante da unidade.
De acordo com o delegado, a prisão é decorrente de ações da “Operação Vaga Fantasma”, que investigou um grupo criminoso suspeito de prometer vagas de emprego para roubar os dados das vítimas.
O delegado explicou que o esquema tinha como alvo pessoas desempregadas que eram ludibriadas com a falsa promessa de emprego e por isso forneciam seus dados, utilizados de forma ilícita.
“Ela se trata de uma investigação de um crime chamado ‘golpe do falso emprego’. Normalmente, uma organização criminosa usa um indivíduo que tem uma plataforma, um moral social atrativo e legitimidade, que gere idoneidade no sentido de pegar os dados sensíveis dessas pessoas que normalmente estão desempregadas ou que estão em vias de ser desempregadas, ou ainda que as pessoas querem mudar de emprego”, explicou.
Em posse dos dados, o grupo os manipulava para criar contas bancárias, fazer empréstimos e até comprar veículos. De acordo com Odilo Sena, cerca de três pessoas, sendo duas em Teresina e outra em Fortaleza, já foram presas. Um quarto suspeito está foragido.
“Temos quatro pessoas envolvidas até o momento, mas a gente acredita que seja em torno de cinco a seis pessoas. Temos dois presos em Teresina, um na região metropolitana de Fortaleza e um encontra-se em lugar incerto, não sabido”, afirmou.
O inquérito policial deve ser concluído em até 10 dias e posteriormente novas diligências com relação à Operação Vaga Fantasma, como explicou o delegado.
“Nós vamos terminar em 10 dias as investigações em relação aos três contratos encontrados e depois vamos prosseguir com mais diligências”, afirmou.
O vereador foi preso preventivamente e prestou esclarecimentos à polícia. Ao sair da delegacia, a imprensa tentou questionar o vereador acerca do caso, mas o parlamentar não quis se pronunciar.