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Justiça descarta que Adão José possa sofrer de transtornos mentais

Juiz do caso de Castelo afirma que acusado agiu consciente no estupro coletivo.

O juiz que preside o inquérito do estupro coletivo em Castelo do Piauí descartou a possibilidade de que Adão José de Sousa, apontado como o mentor do crime, sofra transtornos mentais e estivesse tendo alucinações quando cometeu o crime junto com mais quatro adolescentes. Essa foi uma das teses apontadas pela defesa de Adão que encontra-se detido no presídio de Altos.

De acordo com o juiz Leonardo Brasileiro, essa possibilidade já foi totalmente rebatida quando o inquérito foi aberto pela Polícia Civil. “Foi um dos primeiros exames que a defesa pediu para tentar usar um possível transtorno mental como forma de diminuir ou até evitar a pena pelos crimes cometidos”. O exame foi autorizado pela justiça e constatou que Adão estaria lúcido e tinha plena consciência do que estava fazendo.

Para o juiz, o que pode ter acontecido é que Adão estivesse sob efeito de entorpecentes quando deu as orientações para que os quatro adolescentes cometessem as atrocidades contras as meninas. Em depoimentos, os menores já afirmaram que foi ele quem distribuiu as ordens de como deveriam agir para amarrar as vítimas e violenta-las. “Ele mesmo chegou a violentar uma delas. Isso consta em todos os relatos”, diz o juiz Leonardo Brasileiro.

Ainda segundo o juiz, Adão José deve permanecer detido no Presídio de Altos enquanto aguarda sua sentença. Para o promotor Cesário Cavalcante, o réu deve responder por oito crimes : estupro, tentativa de homicídio, homicídio, porte ilegal de arma, lesão corporal e corrupção de menores e sua pena deve ser de até 150 ano de reclusão somando-se as penas máximas para todos os crimes.

No entanto, o promotor esclarece que a legislação brasileira permite pena máxima de 30 anos. Em caso de bom comportamento, esse tempo pode ser reduzido para a metade.
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