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Golpe do falso emprego no Piauí causou prejuízo de R$ 350 mil, diz delegado

O delegado Odilo Sena, do 6º Distrito Policial, comentou detalhes sobre a Operação Vaga Falsa que prendeu o vice-presidente da Câmara de Nazária, Cícero Rocha.

O delegado do 6º Distrito Policial, Odilo Sena, relatou em entrevista ao Viagora detalhes sobre a Operação Vaga Falsa, que prendeu o vice-presidente da Câmara Municipal de Nazária, Cícero da Silva Rocha, por suspeita de aplicar golpe do falso emprego. O grupo criminoso envolvido teria causado um prejuízo estimado de R$ 350 mil.

De acordo com o delegado, o grupo tinha como objetivo roubar dados sensíveis de pessoas que estava desempregadas para fazer empréstimos e comprar carros. A polícia conseguiu identificar o grupo após denúncias de pessoas que tiveram seu nome sujo devido dados pessoais utilizados ilicitamente pelos suspeitos, bem como de empresas que alegaram ter sofrido golpe.

Foto: Divulgação/ FacebookDelegado Odilo Sena
Delegado Odilo Sena

“Bom, nós somos procurados por várias vítimas e elas relataram que tiveram o nome sujo através de um contrato que eu nunca fizeram. Então nós questionamos se a pessoa teria entregado seus dados para alguém até chegar à pessoa que prometia emprego. As empresas também nos procuraram relatando prejuízos”, pontuou.

Odilon explicou ainda que o papel do vereador no esquema seria o de conferir legitimidade às vítimas, pois elas acreditavam que Cícero Rocha teria a influência necessária para conseguir o emprego.

Foto: Divulgação/ FacebookVereador Cícero Rocha
Vereador Cícero Rocha

“A gente juntou as peças do quebra cabeça e descobrimos que isso se tratava de um crime. O vereador era uma dessas peças fundamentais, pois ele emprestava a moral e  as pessoas que entregavam seus dados, suas qualificações, suas identificações, porque eles acreditavam que o vereador que era a pessoa que conseguiria esse emprego”, pontuou.

Com a promessa de emprego, as pessoas forneciam os dados que posteriormente eram manipulados pelo grupo para utilização de forma ilícita causando prejuízos que devem ir muito além do que o valor estimado, isto porque cada contrato firmado com locadoras de veículo será analisado e representa um crime.

“A princípio o prejuízo estimado é em torno de 300 a 350 mil, mas acreditamos que seja muito mais porque são vários contratos, pois cada contrato é um crime consumado. Nesse primeiro momento temos três contratos onde o vereador se envolve diretamente e outros cinco ou seis contratos que ainda vamos investigar”, pontuou. 

Em relação aos danos causados, o delegado apontou que o golpe atingiu três principais vítimas. “Então nós temos três prejuízos: as pessoas físicas, aquelas pessoas que emprestam, que dão seus dados, nós temos as empresas, empresas de revenda, que perdem seus veículos e temos também os bancos que tomam prejuízos bastante consideráveis”, pontuou. 

Além do vereador, a polícia também prendeu outras duas pessoas, em Teresina e na regiao metropolitana de Floriano.

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