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Ministério Público denuncia promotor Maurício Verdejo à Justiça

A denúncia foi apresentada pelo subprocurador João Malato Neto.

O Ministério Público do Piauí, através do subprocurador João Malato Neto, denunciou o promotor Maurício Verdejo Gonçalves Júnior e seu assessor, ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-PI) pelos crimes de concussão, prevaricação, supressão de documento e tráfico de influência.

De acordo com o órgão ministerial, os investigados teriam supostamente exigido propina de R$ 2 milhões a um empresário, que reside em Parnaíba, para arquivar um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), que tramitava na 6ª Promotoria de Picos.

Consta na denúncia que foi criado um plano e executado para receber o dinheiro em duas parcelas, a primeira foi paga no valor de R$ 500 mil ao promotor de Justiça, em sua própria residência, no dia 02 de agosto deste ano em Teresina.

Segundo o Ministério Público, o pagamento da segunda parcela aconteceu no dia 07 de agosto deste ano, quando o empresário foi até a residência do promotor e pagou R$ 500 mil.

Logo depois, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do representante ministerial e encontrou parte da propina na cifra de R$ 896.000,00 (oitocentos e noventa e seis mil reais).

O restante da propina no valor de R$ 600 foi encontrado na residência do assessor ministerial, durante cumprimento a outro mandado de busca e apreensão. A polícia também localizou mais R$ 10 mil repassados para terceiros.

Operação Iscariotes 

A Polícia Federal deflagrou a Operação Iscariotes no dia 07 de agosto deste ano com cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o promotor. Inicialmente foi divulgado que o representante do órgão ministerial teria supostamente exigido R$ 3 milhões para arquivar o processo.

A cooperação da PF foi solicitada pela Subprocuradoria-geral de Justiça Jurídica devido indícios de que o promotor teria exigido vantagem indevida.

Diante das investigações, a Corregedoria Nacional do Ministério Público, através do conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa, determinou o afastamento do promotor por 90 dias. A decisão é do dia 08 de agosto deste ano.

O membro do órgão ministerial também está impedido de acessar, até outra deliberação, os prédios e instalações do MPPI, exceto para participação em atos instrutórios determinados pela Procuradoria-Geral de Justiça ou pela Corregedoria-Geral.

Uma nova etapa da Operação Iscariotes foi realizada no dia 15 de agosto, que visou cumprir cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Teresina e um na cidade de Picos.

Outro lado

O Viagora procurou o promotor Maurício Vedejo sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria o representante do Ministério Público não foi localizado.

O assessor ministerial também foi procurado, porém não foi encontrado.

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