Auditoria identificou irregularidades nas finanças da FMS de Teresina, diz Ítalo Costa

Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde, a auditoria interna foi uma determinação do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa.

Nesta quarta-feira (06), o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Ítalo Costa, afirmou que uma auditoria interna identificou déficit nas finanças da instituição.

Conforme o médico, o procedimento, que tem o objetivo de avaliar as despesas e receitas da FMS, foi uma determinação do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa. 

“A auditoria interna foi um pedido do próprio prefeito desde que nós comunicamos os prováveis equívocos lá relatados. Vale destacar que desde o início da nossa gestão neste ano o prefeito fez o convite para poder organizarmos a casa, deixar a Fundação Municipal de Saúde reestruturada. Quatro auditores da receita do município, servidores de carreira, nos ajudaram a fazer duas auditorias de grande monta”, explicou.

Desde que assumiu o comando da pasta, Ítalo Costa afirmou que sua meta foi diminuir a evasão de receitas no setor da saúde, bem como reduzir as despesas.

Foto: Alexia Dias/ Viagora
Ítalo Costa

“Nós reestruturamos a fundação a tal ponto para tentar fazer toda uma reestruturação financeira com foco único e exclusivo de reduzir despesas e fazer a recaptura de receitas, diminuir a evasão de receitas. Então esse foi o nosso objetivo primordial desde janeiro de 2024. Essa auditoria que já culminou com o relatório parcial foi começada no final de março, começo de abril. Foi uma auditoria longa onde a gente estava fazendo alguns apontamentos para depois dessa  fazer uma auditoria com algo mais robusto”, afirmou. 

O presidente da FMS destacou a importância desse procedimento e explicou que ao longo dos anos as despesas da saúde aumentaram, mas as receitas não acompanharam esse ritmo. Segundo Ítalo Costa, essa disritmia teria gerado um déficit, que foi encontrado nas contas públicas da fundação.

“Qual é o foco da gente identificar qualquer tipo de valor? É poder diminuir a evasão, estancar qualquer sangria que a fundação tenha e poder no futuro fazer com que esses valores sejam retornados para a Fundação Municipal de Saúde e a gestão consiga dar os encaminhamentos necessários, para que ela consiga ter mais recursos para gerir a saúde. A saúde vive um período de crise no Brasil devido ao seu subfinanciamento. Não é só a realidade de Teresina porque historicamente, ao longo de vários anos, as despesas aumentaram consequentemente e as suas receitas não acompanharam. Isso gera um déficit na balança e o que tentamos fazer ao máximo foi enxugar essas despesas para que a gente pudesse ter mais receita, mais recursos para poder investir na saúde e na capital”, detalhou. 

Ítalo Costa revelou ainda que a audiência não está conclusa, mas as inconsistências encontradas, até o momento, já foram previamente comunicadas às autoridades competentes. O próximo passo é conseguir corrigi-las e proporcionar mais equilíbrio na instituição. 

“Nós também já fizemos as comunicações aos órgãos competentes, ao Ministério Público Federal, inclusive teremos audiência para mostrar todos os fatos que encontramos, os fatos relatados, tudo isso para dar clareza e cientificar os órgãos competentes, dar transparência da gestão. Foi nessa administração que encontramos essas irregularidades e que nós estamos aqui para corrigi-las e trazer mais receitas e equilíbrio à instituição, a Fundação Municipal de Saúde”, detalhou.

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